Podia ser ficção, história cheia de exageros e invenções. Mas não! "1968- o ano que não
terminou", o livro de Zuenir Ventura, é o retrato do Brasil daquela época.
Publicado 20 anos depois, ele conta a história do inesquecível ano de 68.
Com depoimentos que reconstróem essa fase do Brasil, o autor conseguiu aproximar até mesmo
quem nada teve a ver com os acontecimentos.
Definido pelo próprio Zuenir como "o ano que não terminou", 1968 foi marcado pela tentativa de
revolução, pela vontade de mudar e por ter no jovem a figura do líder.
É bem verdade que essa liderança existia, mas faltava a eles um projeto de verdade. Os próprios
participantes dos movimentos, hoje adultos e experientes, assumem isso. A dificuldade de se
chegar a um acordo tornou a situação ainda pior. Sem projeto e sem conciliação, o país virava,
então, um campo de batalha.
Com o lema de liberdade a qualquer custo e a busca por melhorias, a juventude tentava mudar os
rumos do país que há pouco sofrera o golpe de 64. Mas o que os relatos de figuras bem
conhecidas hoje demonstram é que a situação ficou insustentável. Os brasileiros passaram por
momentos de horror.
Hoje, muitos se arrependem das atitudes que tiveram, e deixam isso bem claro. Outros insistem
que fizeram o melhor.
O livro acaba, mas, como diz o autor: "o ano não". A instituição do AI-5 apenas inaugura a pior
fase do regime.
terça-feira, 10 de junho de 2008
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