Podia ser ficção, história cheia de exageros e invenções. Mas não! "1968- o ano que não
terminou", o livro de Zuenir Ventura, é o retrato do Brasil daquela época.
Publicado 20 anos depois, ele conta a história do inesquecível ano de 68.
Com depoimentos que reconstróem essa fase do Brasil, o autor conseguiu aproximar até mesmo
quem nada teve a ver com os acontecimentos.
Definido pelo próprio Zuenir como "o ano que não terminou", 1968 foi marcado pela tentativa de
revolução, pela vontade de mudar e por ter no jovem a figura do líder.
É bem verdade que essa liderança existia, mas faltava a eles um projeto de verdade. Os próprios
participantes dos movimentos, hoje adultos e experientes, assumem isso. A dificuldade de se
chegar a um acordo tornou a situação ainda pior. Sem projeto e sem conciliação, o país virava,
então, um campo de batalha.
Com o lema de liberdade a qualquer custo e a busca por melhorias, a juventude tentava mudar os
rumos do país que há pouco sofrera o golpe de 64. Mas o que os relatos de figuras bem
conhecidas hoje demonstram é que a situação ficou insustentável. Os brasileiros passaram por
momentos de horror.
Hoje, muitos se arrependem das atitudes que tiveram, e deixam isso bem claro. Outros insistem
que fizeram o melhor.
O livro acaba, mas, como diz o autor: "o ano não". A instituição do AI-5 apenas inaugura a pior
fase do regime.
terça-feira, 10 de junho de 2008
quinta-feira, 15 de maio de 2008
A Verdadeira Função de um Jornalista
" O compromisso fundamental de um jornalista é com a verdade no relato dos fatos, razão pela
qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação." O que é
dito no Art. 4º do Capítulo II do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros deveria ser seguido,
como regra, por todos os profissionais da área. Infelizmente, não é o que acontece.
Poderíamos procurar por motivos e encontraríamos, sim, diversas justificativas. Todas criadas
para explicar os caminhos tomados pelo jornalismo hoje.
A desmedida publicidade, da qual a mídia depende, colocou os interesses e as ideologias de jornais
e revistas em segundo plano. O que antes eram veículos que abordavam fatos de grande
importância e usavam seus espaços para verdadeiramente informar, agora são dependentes dos
interesses do Mercado.
Jornalistas com potencial, realmente capazes, passaram a ser meros repassadores de informação.
Essas vão apenas ao encontro do que deseja seu anunciante ou patrocinador. Às vezes, nem
verdadeiras elas são. Pelo contrário, muitas são inventadas para atingir objetivos bem definidos
por quem manda. Todos acabam, assim, por entrar na luta. E nisso, ganha quem vende mais.
Mas há também aqueles que, por si só e por interesses próprios, prestam-se a tudo. Para driblar
as dificuldades naturais da profissão e ter uma rápida e fácil ascensão, são capazes de neger o que
seu próprio Código de Ética prega.
Stephen Glass, jornalista americano, é um desses exemplos que não devem ser seguidos. Ele
publicou 27 artigos forjados. Todos inventados para dar-lhe prestígio e reconhecimento. Mas
acabaram, na verdade, levando-o à ruína ao serem descobertos.
Não há justificativas aceitáveis para fugir da principal função de um jornalista : informar. Seu
dever deve ser cumprido com lealdade a todos os que depositam confiança e esperam que seu
direito de ser informado seja levado a sério. A importância de uma informação não pode ser
medida, e , muito menos, a sua consequência. Por isso, mesmo em meio a tantos interesses e
divergências, os princípios estabelecidos para o jornalista devem ser seguidos fielmente.
qual ele deve pautar seu trabalho pela precisa apuração e pela sua correta divulgação." O que é
dito no Art. 4º do Capítulo II do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros deveria ser seguido,
como regra, por todos os profissionais da área. Infelizmente, não é o que acontece.
Poderíamos procurar por motivos e encontraríamos, sim, diversas justificativas. Todas criadas
para explicar os caminhos tomados pelo jornalismo hoje.
A desmedida publicidade, da qual a mídia depende, colocou os interesses e as ideologias de jornais
e revistas em segundo plano. O que antes eram veículos que abordavam fatos de grande
importância e usavam seus espaços para verdadeiramente informar, agora são dependentes dos
interesses do Mercado.
Jornalistas com potencial, realmente capazes, passaram a ser meros repassadores de informação.
Essas vão apenas ao encontro do que deseja seu anunciante ou patrocinador. Às vezes, nem
verdadeiras elas são. Pelo contrário, muitas são inventadas para atingir objetivos bem definidos
por quem manda. Todos acabam, assim, por entrar na luta. E nisso, ganha quem vende mais.
Mas há também aqueles que, por si só e por interesses próprios, prestam-se a tudo. Para driblar
as dificuldades naturais da profissão e ter uma rápida e fácil ascensão, são capazes de neger o que
seu próprio Código de Ética prega.
Stephen Glass, jornalista americano, é um desses exemplos que não devem ser seguidos. Ele
publicou 27 artigos forjados. Todos inventados para dar-lhe prestígio e reconhecimento. Mas
acabaram, na verdade, levando-o à ruína ao serem descobertos.
Não há justificativas aceitáveis para fugir da principal função de um jornalista : informar. Seu
dever deve ser cumprido com lealdade a todos os que depositam confiança e esperam que seu
direito de ser informado seja levado a sério. A importância de uma informação não pode ser
medida, e , muito menos, a sua consequência. Por isso, mesmo em meio a tantos interesses e
divergências, os princípios estabelecidos para o jornalista devem ser seguidos fielmente.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Inteligência Brilhante
Uma mente brilhante pode ter suas várias utilidades, mas o grande problema está em usá-la
para obter vantagens por meio de mentiras e manipulações.
Stephen Glass, jornalista da revista americana “The New Republic”, foi capaz disso. A idéia de ser
reconhecido e ter uma carreira cada vez mais promissora tomou conta de sua vida.
Durante meses, o jornalista escreveu artigos fantásticos e, não por acaso, tão atrativos e
interessantes que o levaram a ganhar grande prestígio. Suas histórias, completamente
inventadas, passaram a fazer parte do mundo fictício que criava em sua cabeça. Os “fatos”
podiam até ser checados e Stephen assegurava a veracidade das informações. Ele as forjava e
fazia tudo para que suas fontes fossem tão reais aos olhos dos outros, quanto ele mesmo as
imaginava.
Uma indiscutível inteligência, mas falha o suficiente para fazer Glass esquecer que corria o risco
de ser desmascarado.
Um de seus artigos, submetido à checagem por outra revista, trouxe à tona toda a farsa. A The
New Republic devia, agora, desculpas aos leitores enganados e Stephen Glass passava a ser
conhecido como “O mentiroso”.
Sua história, hoje tão conhecida, virou filme e serviu de exemplo a todos os jornalistas do que
nunca deve ser feito.
Os Poderosos Meios de Comunicação
Até que ponto o jornalista tem o poder de manipular a opinião pública? Ele tem sim influência
sobre as pessoas. E é tão grande essa influência, que são conhecidos casos famosos em que parte
de uma população foi induzida a acreditar em histórias mirabolantes, contadas como
reais.
Em 1938, Orson Welles levou ao ar, em um programa de rádio americano, a história de H.G.
Wells, escritor do livro "A Guerra dos Mundos". Tudo começou como história de ficção. No início,
os ouvintes chegaram a ser informados disso, mas, com o andamento do programa,
todos foram levados a crer que os fatos relatados eram verídicos. Uma invasão marciana era o
tema. Jornalistas estavam à procura de informações e acontecimentos.
Durante uma hora, milhares de pessoas encontravam-se desesperadas e ansiosas por notícias.
Outras fugiam de suas casas, procurando por lugares seguros. Tudo bem planejado para mostrar
a enorme influência do rádio na época.
Ao fim da loucura apresentada e revelada novamente como história fictícia, um alívio tomou
conta de todos.
Mas e o compromisso daquele veículo de comunicação que chocou tantas pessoas? A atitude de
Welles indignou a opinião pública. Não são coisas desse tipo que esperamos de jornalistas e
radialistas. Eles devem ter, acima de tudo, compromisso com a verdade.
sobre as pessoas. E é tão grande essa influência, que são conhecidos casos famosos em que parte
de uma população foi induzida a acreditar em histórias mirabolantes, contadas como
reais.
Em 1938, Orson Welles levou ao ar, em um programa de rádio americano, a história de H.G.
Wells, escritor do livro "A Guerra dos Mundos". Tudo começou como história de ficção. No início,
os ouvintes chegaram a ser informados disso, mas, com o andamento do programa,
todos foram levados a crer que os fatos relatados eram verídicos. Uma invasão marciana era o
tema. Jornalistas estavam à procura de informações e acontecimentos.
Durante uma hora, milhares de pessoas encontravam-se desesperadas e ansiosas por notícias.
Outras fugiam de suas casas, procurando por lugares seguros. Tudo bem planejado para mostrar
a enorme influência do rádio na época.
Ao fim da loucura apresentada e revelada novamente como história fictícia, um alívio tomou
conta de todos.
Mas e o compromisso daquele veículo de comunicação que chocou tantas pessoas? A atitude de
Welles indignou a opinião pública. Não são coisas desse tipo que esperamos de jornalistas e
radialistas. Eles devem ter, acima de tudo, compromisso com a verdade.
Dilema
DILEMA: Um repórter que mente e suborna fontes para obter informações de interesse público ao qual não teria acesso se fosse identificado como jornalista está correto?
Um repórter que mente e suborna fontes para obter informações de interesse público, às quais
não teria acesso se fosse identificado como jornalista, está apenas exercendo sua função. Seu
papel, o de informar, deve sempre prevalecer. Partindo-se da idéia de que o "outro lado
”mentiria” caso fosse necessário, é naturalmente aceitável que um repórter, no exercício de sua
profissão, utilize táticas para conseguir informações que dizem respeito à sociedade, também
quando necessário. Na luta pela verdade e pela qualidade da informação que se deseja passar, o
jornalista deve sim submeter-se a esses tipos de papéis.
Um repórter que mente e suborna fontes para obter informações de interesse público, às quais
não teria acesso se fosse identificado como jornalista, está apenas exercendo sua função. Seu
papel, o de informar, deve sempre prevalecer. Partindo-se da idéia de que o "outro lado
”mentiria” caso fosse necessário, é naturalmente aceitável que um repórter, no exercício de sua
profissão, utilize táticas para conseguir informações que dizem respeito à sociedade, também
quando necessário. Na luta pela verdade e pela qualidade da informação que se deseja passar, o
jornalista deve sim submeter-se a esses tipos de papéis.
Vai um cafézinho aí?
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e sinta-se à vontade. Vai um cafézinho aí pra acompanhar?
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